Em uma casa no bairro Vinhais, a PF descobriu um tipo de "subsede" da Semus. No local, segundo a polícia, havia documentos administrativos e processos de licitações que deveriam estar na prefeitura. Foram encontrados também vários indícios de irregularidades e desvios de dinheiro público porque a empresa tem contratos com a secretaria.
A empresa, de acordo com a investigação, é administrada pelo ex-superintendente da Secretaria de Administração e Finanças, Jacques Douglas de Oliveira Aranha. O imóvel onde estavam os documentos pertence ao pai dele.
A maior parte do material apreendido era relacionado à administração do Samu, que vem enfrentando problemas como noticiado pelo JMTV em dezembro, como falta de manutenção nas ambulância e falta de combustível.
De acordo com a PF, o que mais chamou a atenção durante o trabalho de busca na sede da empresa, foi uma planilha onde constavam os gastos mensais do Samu com combústivel. Segundo os policiais, a média mensal era de R$ 20 mil, um valor considerado alto já que, nos últimos meses, apenas três ambulâncias estariam em funcionamento.
"A Polícia Federal, aqui em São Luís, nós devemos ter rodando diariamente umas 40 viaturas e o nosso gasto mensal de combustível é de 25, 27, 28 mil reais por mês, com 40 carros rodando muito e viajando para o interior do estado. Então, duas ambulâncias, três, quatro que seja, consumir 20 mil reais de combustível por mês é um número bastante elevado, que justifica a investigação", explicou o delegado Gustavo Sousa.
Em outubro, segundo a polícia, o Samu teria gasto ainda mais com combustível: R$ 100 mil. A investigação começou depois que o Ministério da Saúde fez uma auditoria na sede do Samu e encontrou vários sinais de irregularidades. O governo federal manda, por mês, R$ 250 mil para manter o serviço funcionando em São Luís. Mesmo assim, as ambulâncias estão sucateadas.
A nova administração da Semus, empossada nesta quarta (2), disse que vai contribuir com a PF no que for preciso.
Fonte http://g1.globo.com/ma
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